quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

ENERGOSSOMA

 

Segundo a Conscienciologia, o ser humano é formado por quatro corpos, citados aqui em ordem crescente de sutilização: o soma ou corpo físico, o energossoma, o psicossoma e o mentalsoma.

O soma é constituído, aproximadamente, por dez trilhões de células, reunidas em diversos sistemas de órgãos e funções coordenadas entre si. Do ponto de vista químico, é uma complexa estrutura formada pela junção sucessiva de moléculas e átomos. Por sua vez, os átomos são compostos de partículas ainda menores, os prótons, elétrons e nêutrons, girando em altíssima velocidade. Em última análise, o corpo físico é mais uma variedade de energia concentrada, possivelmente, derivado dos demais corpos sutis.

O energossoma, igualmente conhecido como holochacra, corpo vital ou duplo etérico, interpenetra, célula a célula, o organismo de todo ser vivo. De natureza ondulatória, é composto por camadas energéticas que vão desde a intimidade do corpo denso até sua ligação com o psicossoma. Invisível aos olhos do homem comum, projeta-se um pouco além do corpo físico, envolvendo-o de forma semelhante a uma capa de coloração prateada, sendo mais ou menos reluzente de acordo com a maior ou menor vitalidade.

O psicossoma é o veículo com o qual nos manifestamos na dimensão extrafísica, também identificado pelo nome de corpo da alma, corpo emocional e perispírito. Muito sensível às emoções e aos sentimentos, sua aparência corresponde a uma cópia fiel do corpo denso, não obstante possuir a capacidade de se transfigurar ideoplasticamente. Na maior parte do dia, encontra-se coincidido com o organismo biológico. Quando projetado, o psicossoma permanece ligado ao soma por uma conexão de energia sutil, denominada emblematicamente de cordão de prata. Após a morte, o cordão de prata se rompe, então o psicossoma deixa o corpo físico para sempre.

Vibrando em altíssima frequência, num plano superior, que transcende o tempo e o espaço, o mentalsoma é o envoltório mais próximo da consciência, constituindo a sede dos pensamentos e das ideias. Às vezes chamado paracorpo do autodiscernimento, o mentalsoma capacita-nos a distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado, a realidade e a ilusão. Apresenta-se sob a forma de uma esfera de luz radiante, estando unido ao paracérebro do psicossoma pelo cordão de ouro. O corpo mental possui a faculdade de guardar impressões, conhecimento e experiências, adquiridas em vidas passadas. A concentração, a memória, a imaginação e o raciocínio lógico são atributos mentaissomáticos.

Na verdade, os quatro corpos se manifestam em diferentes dimensões, mantendo-se cada um deles com uma variedade própria de energia, que corresponde aos respectivos planos cósmicos de existência. Embora estejam separados por um gradiente específico de vibração, formam um conjunto interconectado e harmônico, que chamamos de holossoma.

Nesta singela pesquisa, vamos tratar resumidamente apenas do energossoma, das propriedades inerentes à sua natureza, estrutura e funções, bem como suas relações com a energia consciencial.  

O energossoma une o soma ao psicossoma como um veículo de ligação, inter-relacionando-se com ambos. Em tese, sua principal função consiste em assimilar e distribuir a energia que anima o organismo físico. Esta corrente de força é absolutamente fundamental para a manutenção da vida, bem como para moldar e manter a coesão do corpo biológico. Outra função importante do energossoma é formar uma barreira de proteção frente à dimensão extrafísica, cujo contato permitiria a exposição do indivíduo a toda sorte de influências pouco desejáveis. O corpo energético também impede o acesso às memórias do passado, gravadas em determinados centros anímicos do psicossoma. 

O holochacra recebe os impulsos do psicossoma e os transfere para o soma, fazendo o mesmo também em sentido contrário. Os animais e as plantas também possuem energossoma, apesar de ser menos especializado do que o humano.

A energia imanente, também designada de éter ou fluido cósmico universal, é a energia primordial cujas modificações constituem as demais formas vibratórias, nos diversos planos de manifestação, em todo o Universo. A energia imanente, que passa através do planeta Terra, é irradiada por este como geonergia.

O ser humano absorve energia imanente e, mediante um processo ainda desconhecido, a converte em energia consciencial. Convém deixar bem claro que se trata de uma modalidade de vibração ainda não identificada pelos aparelhos científicos atuais. De acordo com a linha de conhecimento, a energia consciencial recebe outros nomes, tais como: prana, chi, força vital, fluido magnético ou bioenergia, para citar alguns. Daqui para frente, vamos chamá-la simplesmente de energia.

Essa energia é dividida em cinco categorias ou tipos de fluxos, de acordo com a sua função e a localização específica no corpo humano. A parte inferior do abdômen constitui um grande reservatório de energia vital, cujo excesso é automaticamente distribuído pelos pontos que necessitam dela.

Na mulher, o útero é uma usina de energia; possivelmente, a matéria sutil para formar o energossoma do feto seja retirada da respectiva fonte materna. É provável, também, que o energossoma se forme antes que o corpo físico, servindo de molde para este último. Talvez, os genes do embrião sejam organizados sob influência das linhas de força do energossoma.

As células do corpo humano são vitalizadas ininterruptamente pelo energossoma. O sangue é o maior acumulador de energia vital no organismo físico, de modo que o calor do corpo, em certa medida, depende da ação dinâmica do energossoma. Quando a energia vital está baixa, as pessoas tornam-se cansadas e deprimidas.

No decorrer do dia, a pessoa vai descarregando naturalmente a energia através das atividades usuais do cotidiano. Em geral, até os 35 anos de idade, a energia consciencial flui mais do psicossoma para o corpo físico. A partir dos 36, ocorre a inversão do fluxo energético.

Na superfície do energossoma, existem centros de força responsáveis pela absorção, transformação e distribuição de energia para o holossoma, denominados de chacras. Como é sabido, a palavra chacra é oriunda do sânscrito, cuja tradução literal significa roda. Tanto no oriente como no ocidente, os chacras têm sido descritos, por videntes dignos de confiança, como sendo vórtices brilhantes de luz, semelhantes aos redemoinhos de água e ciclones. 

Os chacras estão interligados numa vasta rede de canais, por onde circula a energia vital, que denominamos de sistema nádico. Muito estudados na medicina chinesa, os referidos condutos não são estruturas físicas, mas sim correntes ou fluxos de energia. Embora haja uma conexão muito próxima entre o energossoma e os sistemas nervoso e vascular, os condutos energéticos não devem ser confundidos com os nervos nem com os vasos sanguíneos.

O livre fluxo da energia vital através dos canais energossomáticos é indispensável para a movimentação dos chacras. Quando a energia corre livremente por todos eles, nos sentimos bem, plenamente saudáveis. No entanto, se a circulação de energia está bloqueada, isto provoca um desequilíbrio mental e físico, geralmente resultando em doença.

Os chacras estão intimamente associados ao nosso estado intraconsciencial. O psiquismo movimenta, anima e dirige o vórtice. Obviamente, quando um chacra está bloqueado, ele para de girar, impedindo tanto a absorção quanto a saída de energia. Os bloqueios são pontos de resistência no sistema energético, cuja maioria deles é gerada a partir da tensão emocional.

A polarização é uma propriedade intrínseca da energia consciencial, não existindo meio termo quanto à sua manifestação. Ao fluir é positiva ou sadia, e a responsável pelo bloqueio é negativa ou patológica.

Há milhares de vórtices no energossoma, todos em rápida e contínua rotação, mas apenas sete são considerados os mais importantes, pois distribuem a energia sutil para os demais microcampos do sistema. Cada um deles regula determinada corrente de força, conforme o tipo de energia absorvida, e cumpre uma função diferente.

A ordem dos principais chacras é a seguinte:

Chacra básico ou Sexochacra – Está situado no períneo, no centro da linha média. Na mulher, abaixo da vagina e, no homem, logo atrás dos testículos. O chacra básico transforma a geoenergia em bioenergia, e movimenta todos os demais chacras, sendo responsável, em grande parte, pelo vigor do corpo físico. Constitui a origem dos instintos de sobrevivência do indivíduo e de preservação da espécie. O primeiro centro energético está associado com o funcionamento dos órgãos reprodutores. Pelo chacra básico, a pessoa se conecta com o plano terreno, adquire estabilidade e segurança, bem como desenvolve sua capacidade de ser bem-sucedido no mundo.

Umbilicochacra – Conforme o próprio nome sugere, encontra-se sobre o umbigo. Desse centro, as correntes de energia vital fluem para o interior do estômago, fígado e intestinos, atuando na digestão dos alimentos. O fogo digestivo confere satisfação em todas as coisas, entusiasmo e força. A glândula mais frequentemente associada ao umbilicochacra é o pâncreas. A estimulação do chacra umbilical, antes que a mente esteja firmemente controlada, pode provocar a vontade de comer em demasia. Ainda, em desequilíbrio, promove um egoísmo exagerado, típico da infância, em que a pessoa quer tudo para si. As reações instintivas são desencadeadas primeiro neste microcampo magnético, com reflexo no sistema nervoso entérico, tido como o subcérebro abdominal. O umbilicochacra é o centro telepático das emoções. Por afinidade vibratória, podemos assimilar energias carregadas de emoções grosseiras, tais como medo, ódio, luxúria, inveja e orgulho. A tensão emocional afeta primeiro o chacra umbilical causando cólicas do estômago, e quando continuada pode levar à gastrite, úlcera estomacal e diabetes. Só para constar, o umbilicochacra responde pela maioria dos bloqueios chacrais. Aí se alojam os registros energéticos de muitas vivências, começando pelo vínculo entre mãe e filho durante a gestação; memórias ancestrais e complexos de grande intensidade emocional, que ficam reverberando em camadas mais profundas do subconsciente.

Esplenicochacra – Localiza-se na altura do baço, abaixo da última costela, no lado esquerdo. Tem a função de distribuir a energia vital dentro do energossoma e, através da corrente sanguínea, para o corpo físico, conforme o seguinte princípio: “energia e sangue, um acompanha o movimento do outro”. Quando nos desvitalizamos, sentindo fadiga e letargia, sem vontade de fazer nada, é porque o esplenicochacra está com mau funcionamento. Mãos e pés sempre frios é outro sinal de que o chacra do baço está desequilibrado. A higidez de diversos órgãos depende da quantidade de energia distribuída por este centro de força. Se o baço não cumpre sua função hematológica tanto quanto deveria, o fígado também fica prejudicado. Sem receberem os nutrientes adequados, os músculos enfraquecem e, nos casos mais severos, podem atrofiar. Os tendões perdem a mobilidade, o que pode causar extensão ou flexão debilitada, ou até mesmo paresia dos membros.

Cardiochacra – Situado na linha média do tórax, o quarto chacra vitaliza o coração, os pulmões, o sistema circulatório e o sangue. Este centro de força equaliza as energias dos chacras superiores, mais voltados à consciência, com as energias dos microcampos inferiores, mais instintivos. O atributo essencial do cardiochacra é o amor: pelos pais, filhos, irmãos e familiares, assim como a paixão dos enamorados. Porém, ainda é um sentimento cheio de apego. O chacra do coração se desenvolve através da empatia pelos outros. Em contrapartida, o egoísmo impede seu desenvolvimento. Na maioria das vezes, a mágoa e o ressentimento são a causa determinante dos bloqueios energéticos cardiochacrais. Os sentimentos reprimidos vão formando verdadeiras “couraças”, que impedem o fluxo da energia.

Laringochacra - Posicionado na parte anterior do pescoço, promove o uso da fala como forma de comunicação, sendo muito desenvolvido nos pregadores e oradores em geral. No corpo físico, tem ação sobre a glândula tireóide, responsável pela secreção de hormônios que controlam uma série de funções, como o crescimento, o metabolismo e a fertilidade. No tocante ao parapsiquismo, está diretamente relacionado com a clariaudiência e a psicofonia.

Frontochacra - Localizado na porção inferior da testa, entre as sobrancelhas, exerce ação sobre o córtex pré-frontal do cérebro, assim como estimula a função secretora da hipófise, considerada a glândula mestra do sistema endócrino. O indivíduo com este centro energético equilibrado possui uma mente calma, dispondo de clareza de raciocínio. Em desequilíbrio, pode ter dificuldade de concentração, perda de memória, dor de cabeça e problema de visão. O frontochacra guarda estreita conexão com o mentalsoma, facultando a expansão da inteligência e do conhecimento intuitivo. Também chamado de terceiro olho, sua plena atividade desenvolve a clarividência e a telepatia.  Por meio da abertura deste microcampo, o vidente pode, inclusive, prever o futuro.

Coronochacra – É o mais importante de todos os chacras, regulando os demais centros de força no energossoma. Situado no alto da cabeça, controla absorção e a transformação da energia imanente, mais pura e sutil, dispersa no cosmos. Este chacra consiste na principal ponte de ligação entre o mentalsoma e o cérebro físico, fornecendo ao homem um ponto de contato com o Infinito. Aqueles poucos indivíduos, que desenvolveram plenamente o chacra da coroa, obtiveram uma sabedoria excepcional.

Waldo Vieira revelou que, na sola dos pés, também há centros de força secundários, mas muito importantes, os quais se relacionam diretamente ao chacra básico. O tempo todo, a energia proveniente da terra é absorvida pelos referidos plantochacras e, de modo espontâneo, sobe pelas pernas até o primeiro chacra, onde é transformada. A geoenergia ao ser modificada pelo chacra básico em bioenergia, ativa os demais vórtices do energossoma. À medida que a força vital ascende pelo sistema energético, ela se torna menos densa, mais sutil.

Além dos energovórtices mencionados antes, os chacras localizados nas palmas das mãos são igualmente centros, secundários, de absorção e exteriorização de energia, tidos como uma extensão do cardiochacra.  

Desequilíbrios no sistema holochacral podem surgir como resultado de uma dieta pobre, maus hábitos, enfermidades, falta de atividade física, sono inadequado, traumas emocionais, estresse e outros fatores decorrentes de nossa interação com as pessoas e o ambiente.

Se por qualquer motivo um centro de força tiver mau funcionamento, a longo prazo, os órgãos controlados por aquele microcampo sofrerão com a manifestação de doenças. O mesmo acontece com os aspectos psicológicos governados pelo chacra.

O bloqueio do chacra básico tem efeito sobre os demais centros energéticos, causando o desequilíbrio de todo o sistema. Por conta disso, podem ocorrer os seguintes sintomas: baixa vitalidade, fadiga física extrema, desânimo e depressão. Frequentemente, o indivíduo é tomado por obsessões neuróticas. No mais das vezes, um chacra básico bloqueado resulta em debilidade dos órgãos reprodutivos e baixo desejo sexual, causando impotência nos homens e frigidez nas mulheres. A energia oriunda do chacra básico promove a fixação da consciência na realidade intrafísica, ao passo que a deficiência energética pode levar ao escapismo.

A insegurança é o principal problema psicológico relacionado com o bloqueio do primeiro chacra. Da insegurança, surge o sentimento de inadequação ou de não pertencer a nenhum lugar, a ansiedade e o medo.  

Aura ou energosfera é um campo de força luminescente, com propriedade eletromagnética, que circunda o corpo humano. A aura varia em cores, tamanho e intensidade, a todo momento, conforme o estado de ânimo da pessoa. O primeiro nível do campo áurico é formado pela irradiação do energossoma. A aura total é composta, também, pelos campos vibratórios dos demais corpos sutis.

Quando entramos numa vibração positiva, a aura se expande e resplandece. Os pensamentos e sentimentos bons geram cores claras e límpidas. Porém, as emanações negativas, como a tristeza, o rancor e a maldade, aparecem com cores escuras, sujas ou deformadas, cujos elementos são desmagnetizadores e desagregadores. As explosões de ira frequentemente aparecem como clarões vermelhos na energosfera. O marrom escuro, semelhante ao barro, é sinal de doença, especialmente, na parte do corpo onde a nódoa está localizada.

A luz branca em torno da pessoa revela alguém muito evoluído, desfrutando de permanente serenidade. Como muita gente sabe, a cor violeta resulta da transmutação do carma negativo, conforme aumenta esta tonalidade na aura, as percepções extrassensoriais e a espiritualidade são ampliadas. A cor azul indica pureza e poder; o rosa denota amor incondicional; o verde satura a aura do homem com o dom da cura; porém, o matiz intermediário entre o verde e o amarelo denuncia a inveja e o ressentimento; o amarelo - quase dourado – deixa transparecer inteligência; não obstante, o amarelo sujo é típico do intelectualismo egoísta; o vermelho é a “cor do pecado”, que provoca as paixões da carne.

Vale lembrar que o homem comum não possui a capacidade de ver a aura através do sentido normal da visão. Só consegue enxergar quem tem a clarividência aberta. No entanto, o campo magnético afeta todo mundo, e pode ser percebido, intuitivamente, pelos indivíduos mais sensíveis.

A energosfera atua feito um escudo de defesa contra energias negativas de outras pessoas, quando estamos na companhia delas, bem como do ambiente. A melhor forma de proteção é manter o campo energético forte e brilhante. Em condições normais, a maioria das pessoas possui um halo luminoso de apenas 10 centímetros. A pessoa com o parapsiquismo desenvolvido apresenta um campo até três vezes maior. Excepcionalmente, a aura saudável pode se estender por 1 metro em todas as direções, a partir do corpo físico.

Quanto mais potente for a energosfera de uma pessoa, mais forte seu efeito magnético, mais ela irá atrair e liderar os demais que estão alinhados com sua frequência vibratória. Porém, de nada adianta o indivíduo ter uma aura brilhante se ao mesmo tempo não demonstrar uma postura digna. Os campos áuricos também provocam a repulsão entre as pessoas.

Durante o sono, enquanto o corpo físico permanece repousando na cama, o psicossoma se desprende do energossoma e fica pairando sobre o leito. Embora seja uma vivência comum a todas as pessoas, somente um número reduzido de indivíduos tem consciência de sua condição extrafísica.

Desde Hipócrates, considerado o patrono da medicina ocidental, os fisiologistas têm limitado sua atenção à parte visível do organismo. De acordo com o atual entendimento científico, a consciência não passa de uma ilusão causada pela reação de moléculas no interior dos neurônios. Alguns pesquisadores inclusive têm procurado mapear cada área do cérebro durante um exercício de meditação, ou mesmo numa experiência de quase morte.

De fato, os estímulos neuronais explicam muita coisa sobre o organismo físico, porém não elucidam por completo a constituição integral do ser humano. A ciência médica afirma que alterações na bioquímica celular provocam mudanças nos pensamentos e nas emoções. Neste entrelaçamento de forças, é plausível supor que a bioenergia seja o suporte de todas as reações do organismo. 

O Oriente tem uma visão diferente e admite a existência da força vital na formação do corpo humano, assim como sua importância para a saúde física e mental. 

A doença pode existir durante muitos anos no campo mental, psicossomático e energético antes de se manifestar no corpo físico. A pessoa enferma, devido à escassez ou falta de fluxo de energia vital, não irradia a luz característica de um organismo saudável. É certo que algumas enfermidades resultam da falta ou do mau uso da energia. Porém, as mais complexas são fruto do acúmulo energético.

O energossoma é formado por uma rede de sistemas. Assim como o baço, o fígado desempenha um papel fundamental na armazenagem e distribuição de energia vital no corpo humano, estando profundamente conectado com o estômago, o coração e os olhos. Logo, a estagnação de energia no fígado não só lhe compromete a própria saúde, mas também provoca o desequilíbrio dos demais órgãos ligados a ele. Admite-se que tal bloqueio resulte do descontrole emocional prolongado, notadamente por causa de uma grande frustração e da raiva reprimida. Depois de algum tempo, o acúmulo de sangue acaba produzindo calor e inchaço hepático.       Quando o fluxo energético sobe até os olhos, ocorre um aumento da pressão intraocular; surgem pontos brilhantes ou manchas no campo visual; prurido nas pálpebras; os olhos ficam vermelhos, secos e doloridos; a visão se torna fraca e turva.

Estados emocionais negativos de caráter mais ou menos duradouro produzem anomalias energéticas. Fatores como esses, dificultam a circulação interna da energia, debilitando inicialmente o energossoma e, depois, o corpo físico. Por conta disso, o perigo de contrair uma enfermidade é muito maior. Se o desequilíbrio energético não é corrigido logo que se manifesta, os sintomas vão piorando progressivamente, tornando o quadro cada vez mais grave.

Uma pessoa gozando de boa saúde absorve e transfoma mais energia do que a necessária para o seu corpo. Por esse motivo, ela pode irradiar o quantum excedente no auxílio de pessoas mais fracas ou doentes, sem que isso diminua sua vitalidade. Há doentes que se curam apenas por estarem na companhia de uma pessoa que tenha a aura potente. Algumas pessoas podem, inconscientemente, drenar a energia de quem está perto. Quando nossa energia é muito sugada pelos outros, podemos nos sentir exaustos.

O indivíduo se equilibra ou se descompensa energeticamente sob movimentos ininterruptos de trocas com as pessoas ao seu redor. A energia não flui livremente quando há algum bloqueio nos circuitos do energossoma, especialmente nos chacras principais. Muita energia num lugar causa congestão e pouca pode causar fraqueza e esgotamento. Importa dizer que as auto compensações energéticas, promovidas intencionalmente pelo indivíduo, evitam o uso de medicamentos e drogas em geral.

O energossoma funcionando de maneira certa é fonte de saúde e disposição. Confere poder e confiança ao indivíduo, além de ser alavanca para o sucesso pessoal. Porém, se a pessoa está debilitada energeticamente, sente-se cansada, desanimada e deprimida. Assim, a passividade, o medo e a impotência dominam o indivíduo, acarretando insucessos e dificuldades perante o mundo. 

A propósito, pensamentos e sentimentos positivos reverberam através do nosso campo energético, induzindo-o a vibrar numa frequência muito mais rápida, o que é benéfico para a homeostase do sistema energossomático. Por analogia, do mesmo modo que não existem duas impressões digitais iguais, o energossoma é constituído de um padrão vibratório característico para cada pessoa.

A mente é a base do poder energético. Quanto maior o nível de lucidez, melhor a energia consciencial. A energia da pessoa que não pensa apenas em si é de qualidade superior quando comparada a da pessoa egoísta.

Nas consciências muito evoluídas, uma quantidade maior de energia é processada pelos chacras, de modo que o indivíduo revela um extraordinário desenvolvimento de seus potenciais.

Drenagem energética é o escoamento de energia vital contra a vontade do sujeito. Os sintomas variam, mas a maioria das pessoas sente sono ou cansaço e irritação. Às vezes, o indivíduo pode se sentir melhor depois da drenagem. Isso significa que havia acúmulo de energia, de tal modo que essa perda eliminou bloqueios e uma eventual estagnação, normalizando assim o fluxo no energossoma.

Depois de especializada no energossoma e difundida pelo organismo, a energia excedente é exteriorizada naturalmente através do corpo denso. Além do referido trânsito pelos órgãos internos, a energia também é modulada pelos pensamentos e emoções. Por isso, ditas irradiações ficam carregadas com a característica própria de cada indivíduo, como se fosse uma assinatura energética.

Através da energosfera, o ser humano é um polo irradiador de energias positivas ou negativas.  As ondas benignas, derivadas de estados elevados de consciência, tais como o amor e a alegria, são positivas. Ao contrário, vibrações nocivas, como as de ódio e inveja, são negativas. Essa corrente de ondas mentais exterioriza-se de cada pessoa tanto mais forte, quanto maior for a concentração e o tempo de persistência do pensamento.

Da mesma forma que exteriorizamos energia, carreando pensamentos e sentimentos, também captamos vibrações. A todo momento, emitimos e recebemos ondas, apesar de não termos plena consciência disso. Em razão disso, podemos ser influenciados inconscientemente pelas energias dos outros. Essas ondas de emoções, que flutuam por toda parte, podem influir as pessoas mais sensíveis que se ponham em contato com elas. Aquelas que estiverem em estado idêntico de vibração têm a possibilidade de serem afetadas imediatamente.

Na prática, é impossível vivermos a existência física sem recebermos correntes de energias antagônicas de outras pessoas.  Até certo ponto, o nosso campo áurico forma uma barreira natural de proteção que impede a intrusão de energias sutis. Quando alguém é atingido por vibrações negativas, e estas conseguem ultrapassar o campo eletromagnético, o primeiro biovórtice a sentir e absorver tal emissão deletéria é o umbilicochacra, seguido do esplenicochacra.  O fígado e o baço são os órgãos impactados.

A seguir, vamos descrever uma técnica para o fortalecimento do umbilicochacra, baseada na experiência de muitos mestres orientais, ao longo dos séculos. Antes de dormir, ponha a mão esquerda sobre a direita e faça, ao redor do umbigo, nove círculos no sentido anti-horário, para limpar, e depois nove círculos no sentido horário, para recarregar. Não há necessidade de se tocar o abdômen; os círculos podem ser feitos inclusive mentalmente. Você pode realizar essa manobra em pé, sentado ou deitado.

Cada pessoa possui um padrão energético condizente com aquilo que pensa e sente. Em função das energias conscienciais irradiantes, o indivíduo tem afinidade com outros de faixa vibratória semelhante. Portanto, corremos um duplo perigo ao irradiarmos energias negativas. Primeiro, porque abrimo-nos às más influências; depois porque exteriorizamos o mal que afetará outros, talvez muitos anos depois.

A energia negativa do indivíduo é capaz de fazer, espontaneamente, uma planta murchar ou ficar com manchas escuras. Compete tão somente a nós, decidir se queremos emitir energia negativa ou positiva. Importa saber que a exteriorização de ondas negativas impede o crescimento pessoal.

De modo geral, energias positivas são atratoras de gente, ao passo que energias negativas são repelentes. O que se designa por carisma, nada mais é do que a emanação das energias conscienciais positivas. Por isso, indivíduos não tão belos fisicamente, encantam e influenciam os outros, que se reúnem a sua volta, devido à qualidade de sua aura. Essas pessoas parecem ter um brilho especial, de tal sorte que aparentam ser mais jovens e bonitos.

Na vida diária, ocorrem inúmeras situações que podem induzir a pequenos desequilíbrios energéticos, por exemplo, preocupações, ansiedade e emoções fortes. O indivíduo que assimila as energias alheias, sem saber como se livrar da influência nociva dessas ondas, pouco a pouco se intoxica energeticamente. 

A intoxicação energética começa por irritação e pode evoluir para uma úlcera gástrica, obesidade, tabagismo, depressão, estafa e outros distúrbios patológicos. A assimilação energética inconsciente, em sintonia com o campo magnético do indivíduo, ocorre independentemente da distância e do tempo.

As energias exteriorizadas pela pessoa podem ficar gravitando dentro do ambiente durante muitos anos. Por esse motivo, certos lugares, imantados com forte carga energética negativa, são causadores de mal-estar, avarias ou de acidentes. A energia consciencial não tem limitação nem de tempo nem de espaço.

Conforme vamos envelhecendo, a vitalidade vai diminuindo até a completa degeneração do holochacra. Após o falecimento do organismo biológico, que é a primeira morte, o rompimento da conexão entre o energossoma e o corpo físico constitui a segunda morte. Não tendo mais serventia ou qualquer utilidade a cumprir, o holochacra é descartado e vai se decompondo, lentamente, próximo ao corpo humano. Os supostos relatos de aparições de fantasmas, sob uma forma vaporosa e esbranquiçada, nada mais são do que o energossoma em estado incompleto de dissolução.

 

ENERGIA E PARAPSIQUISMO

 

Na escola, aprendemos que os sentidos fundamentais do corpo humano são cinco: a visão, a audição, o olfato, o paladar e o tato. Independentemente das sensações internas do organismo, a famosa classificação, proposta na antiguidade pelo filósofo grego Aristóteles, permanece atual até os dias de hoje.

Os órgãos do corpo físico são os grandes responsáveis pelas diversas impressões que assimilamos a partir do mundo exterior. Os estímulos são captados por células altamente especializadas e, na forma de impulsos elétricos, enviados por meio dos nervos para elaboração no cérebro.

O que percebemos com nossos órgãos físicos é apenas uma pequena porção da realidade. A limitação sensorial do homem é resultado de um longo processo evolutivo que lhe ofereceu as condições favoráveis de sobrevivência na natureza. 

De certo modo, algumas pessoas desenvolveram um sentido adicional, além dos cinco mencionados antes, conhecido há muito tempo como sexto sentido. Em que pese haver diferença de conceitos, neste modesto ensaio, vamos chamar a faculdade supranormal de parapsiquismo ou mediunidade, indistintamente.

Só para ilustrar o que acabamos de expor, não é raro termos a intenção de pegar o telefone e, logo em seguida, o aparelho tocar. Ou, então, pensarmos em alguém que daqui a pouco surge na nossa frente. E ainda mais surpreendente, termos um sonho que depois vem a se realizar. Nenhum caso é mais comum do que o da mãe que tem um pressentimento que o filho corre perigo.

O parapsiquismo varia de sensitivo para sensitivo, apresentando-se sob diversas formas de manifestação, em maior ou menor grau de desenvolvimento. Em alguns é quase imperceptível, sendo notado senão vagamente, ao passo que em outros se revela de maneira ostensiva. Mas é bom deixar claro, nem todos são médiuns. Pelo contrário. A mediunidade, para usarmos a nomenclatura habitual, é uma condição incomum, não sendo encontrada com muita frequência entre a população em geral.

O parapsiquismo independe do caráter, das qualidades morais ou da crença religiosa daqueles que o manifestam. Em geral, é algo com que nascemos, cujos primeiros sinais costumam surgir desde a infância, permanecendo ativo durante toda a vida. Talvez haja uma predisposição genética, passada de pais para filhos, pois se verifica a tendência de aparecer em membros da mesma família. Embora seja uma condição especial, o fato de a pessoa exibir algum tipo de mediunidade não significa, necessariamente, que possua um grande desenvolvimento espiritual.  

O sensitivo é uma antena viva. Em virtude da hipersensibilidade psíquica da qual é dotado, ele está sujeito a captar ondas de emoções e pensamentos propagadas além do tempo e do espaço. O psicossoma, em particular o cérebro extrafísico, chamado aqui de paracérebro, é o órgão extra-sensorial responsável pela percepção das energias conscienciais. A percepção psíquica chega de diferentes formas a diferentes indivíduos. Alguns têm percepção da energia por meio de imagens visuais, outros por intermédio de sons, e outros, sinestesicamente. 

Com relação à comunicação mediúnica, sabemos que é perfeitamente possível haver intercâmbio de mensagens telepáticas entre consciências de dimensões diferentes. Ou seja, a transmissão de ondas mentais pode se dar do plano físico para o extrafísico e vice-versa. Em princípio, a sintonia vibratória é fator determinante para o sucesso da comunicação interconsciencial. Neste caso, as mensagens são transmitidas através do paracérebro do médium, e não diretamente sobre o cérebro físico.

No entanto, seria um engano atribuir toda e qualquer sensação psíquica estranha à influência de consciências extrafísicas. Antes de qualquer coisa, é preciso cogitar se não passa de um devaneio ou, se preferirmos, fruto da própria imaginação. É provável que, na maior parte, as impressões mediúnicas resultem unicamente da assimilação de energias conscienciais, originárias de gente situada nesta dimensão física. Sem querer, o sensitivo capta a energia de terceiros, com quem têm uma afinidade natural, e reproduz as manifestações alheias como se fossem suas. E por isso, ele não tem estabilidade, mudando de ideias e de atitudes, constantemente.

O pensamento é vibração e transmite-se por ondas. Normalmente, as ondas de emoções são mais fortes e têm duração maior do que as dos pensamentos. Inclusive de pensamentos e sentimentos provenientes de épocas passadas, que permanecem existindo porque as pessoas continuam a sustentá-los com sua atenção e com suas energias.

A observação empírica também sugere que ondas eletromagnéticas, como as emitidas por estações de radiodifusão e telefones celulares, podem afetar os sentidos. Certas pessoas são a tal ponto sensíveis, que sofrem muito com os múltiplos tipos de vibrações produzidas nas grandes cidades.

A transmissão telepática pura é muito difícil, pois sempre há interferência do animismo do médium, impondo algo do seu subconsciente às mensagens. Em circunstâncias favoráveis, a ideia brota tão sutilmente que é difícil distinguir o próprio pensamento, do sugerido por uma consciência extrafísica.

Mal comparando, o médium é igual a um aparelho de rádio, podendo escolher entre sintonizar energias conscienciais, tanto positivas como negativas, conforme o seu padrão mental e a qualidade dos seus sentimentos. Porém, ainda estamos muito longe da perfeição moral que nos permitiria manter contato apenas com inteligências superiores. Além do mais, a falta de disciplina mental, aliada à instabilidade das emoções, isola-nos das inspirações dos amparadores extrafísicos e com muita facilidade nos tornamos joguetes de influências diversas.

A clariaudiência consiste numa modalidade telepática, por meio da qual os pensamentos de outra pessoa, mesmo situada à longa distância, são ouvidos com muita nitidez. Apesar de ser percebido apenas pelo sensitivo, o som produzido é tão claro como se estivesse ouvindo a voz daquela pessoa. Há outra forma desta parapercepção, mais comumente observada, em que a fala parece ressoar dentro da cabeça. Não se trata de simples alucinação, pois o conteúdo da mensagem pode ser corroborado como fato verdadeiro.

A descoincidência do psicossoma, sendo pequena, permite se ver a aura humana. Este é o primeiro estágio da clarividência. Os planos sutis não são acessados por meio da vista somática, mas sim através de uma faculdade extra-sensorial. Embora a visão fortuita de espíritos seja possível, é reduzido o número de sensitivos que têm a vidência desenvolvida.

No momento de transição entre o sono e a vigília física, em função do relaxamento orgânico, há maior propensão para a vivência de fenômenos paranormais. Contudo, é preciso se ter muito discernimento na análise dessas supostas ocorrências, pois quando estamos meio adormecidos, a mente está mais sujeita a se envolver em onirismo. Durante a fase de sonolência, por exemplo, é corriqueiro ouvirmos palavras ou nomes ditos com tanta veemência que despertamos impressionados. Porém, se analisarmos com critério, vamos concluir que tal manifestação não passa de uma alucinação auditiva.

Os sonhos são cenas imaginárias criadas a partir do subconsciente, sendo esses influenciados por quaisquer sensações de origem física ou mental. O conjunto fantasioso pode surgir de pensamentos, emoções, desejos reprimidos, memórias recentes ou longínquas, pela refeição que tenhamos ingerido, ou até pela posição que estamos deitados. Convém notar que o enredo onírico é confuso, cheio de situações absurdas.

Os pesadelos costumam apresentar quadros tenebrosos que expõem nossos medos e traumas emocionais. O heterossádio, devido ao autassédio, é o fator que mais nos predispõe à vivência de sonhos aterradores ou de projeções baratrosféricas. O assédio é fenômeno de reflexão pura e simples, não aparecendo tão somente pela subjugação das consciexes, mas, muitas vezes, ocorre entre os vivos através da sugestão recíproca.

A lembrança do que se sonhou é muito fugaz. Desde os tempos antigos, a técnica para se recordar o sonho consiste em não se mexer ao acordar e, logo, anotá-lo no papel. Nos dias de hoje, o uso de aparelhos gravadores de voz facilita esse registro.

Por certo, os sonhos também são um canal de percepção psíquica. Muitos deles contêm importantes advertências. Em determinadas ocasiões, podemos inclusive ter sonhos premonitórios, pelos quais obtemos informações sobre eventos futuros.

No momento antes de adormecer ou  logo depois de despertar, a ligação entre os corpos encontra-se distendida. Por sinal, esta é a melhor oportunidade para se sentir o estado vibracional, bem como realizar uma projeção consciente. É possível afirmar que a soltura do psicossoma constitui a base de todos os processos parapsíquicos.

Durante a noite, enquanto dormimos, o psicossoma se desprende do corpo físico, mantendo apenas um cordão de energia sutil como conexão entre os dois. Geralmente, os pés descoincidem primeiro e a cabeça por último. No retorno, a junção se dá na ordem inversa. Embora não seja uma regra, é comum o movimento do psicossoma se dar em círculos, feito um redemoinho. Contudo, no atual estágio evolutivo da humanidade, poucos dispõem de lucidez consciencial suficiente para perceber o fenômeno. Sob certo ponto de vista, esta saída para fora do corpo é muito similar à morte, exceto por uma peculiaridade, num caso se volta, noutro, não.

A projeção do psicossoma, de forma lúcida, permite a exploração da dimensão extrafísica ou plano astral. Isto propicia a interação com as consciexes, investigação de linhas do tempo, passadas e futuras, bem como autodescobertas profundas que fornecem ideias sobre a nossa existência. Para quem quiser saber mais sobre projeção da consciência, também conhecida como desdobramento ou viagem astral, recomendamos a leitura do livro, Projeciologia, escrito por Waldo Vieira; seguramente o maior e mais completo tratado dedicado ao tema. Projeções da Consciência é o título de outra obra do mesmo autor, onde ele narra suas experiências fora do corpo, em linguagem mais acessível ao leitor.

Há uma classe de sensitivos cuja conexão do energossoma com o corpo físico encontra-se frouxa ou mal alinhada. Tal condição provoca a emanação de um tipo diferenciado de fluido, denominado ectoplasma. Por se tratar de uma energia mais densa, carreando até componentes somáticos, pode ser vista uma formação de vapor ou névoa em volta desses indivíduos. 

Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, designa-os de médiuns de efeitos físicos, Waldo Vieira, por sua vez, denomina-os de sensitivos ectoplastas. Independentemente da terminologia adotada, interessa saber que se trata do mesmo tipo de manifestação parapsíquica.

O ectoplasma se origina a partir do energossoma, portanto, não é produzido por consciexes. De natureza semi material, apresenta-se sob as mais diversas formas, variando tanto de consistência quanto de cor. Hidrófilo, tem muita afinidade com as moléculas de água, sendo capaz de absorver o líquido do próprio corpo e a umidade do ambiente. Em geral, é inodoro, mas pode exalar um cheiro lembrando o gás ozônio. Testes realizados em laboratório evidenciam que o ectoplasma é um ótimo condutor de eletricidade e magnetismo.

A exteriorização da substância tendo a aparência de uma espuma branca é atípica. O mais comum é a dispersão imperceptível da energia ectoplásmica, o que caracteriza uma patologia ainda não catalogada pela medicina convencional. O fluido tende a sair, através de todos os poros, com mais abundância pelos oríficios naturais do corpo, causando prurido ou coceira. Por vezes, se tem a sensação de um líquido escorrendo nos ouvidos, ou senti-los como se estivessem tapados. 

Os sintomas experimentados na ectoplasmia incluem a falta de disposição física, desânimo profundo, prostração, fadiga extrema. Possivelmente, por causa da emanação excessiva de energia vital. Outro sinal é a sensação de muito frio no corpo todo, especialmente nas mãos. Testes científicos fornecem a comprovação de que há queda na temperatura do ambiente.

O campo bioenergético do ectoplasta constitui a base de onde são gerados vários fenômenos de efeitos físicos, tais como: batidas em móveis e portas, psicocinese ou telecinese, olorização, voz direta, levitação, teletransporte ou aporte de objetos, pirogenia ou combustão espontânea, materialização de consciex, desmaterialização de corpos orgânicos, entre outros. 

Os fenômenos por si só não têm um propósito especial, senão o de servir como meio de convicção para o próprio sensitivo. Quem está acostumado com as manifestações parapsíquicas sabe que será inútil buscar o reconhecimento das outras pessoas. Notadamente da ciência moderna, que exige várias repetições de um experimento a fim de comprovação. Mas, geralmente, o evento sobrenatural ocorre de forma espontânea, mesmo contra a vontade do médium, não podendo ser repetido.

Não pedimos aceitação cega a crendices, sem respaldo na experiência prática ou na observação. No entanto, a ciência faz vistas grossas diante de um fenômeno inexplicável, quase sempre o ignorando, simplesmente, porque este foge à compreensão humana. 

A dimensão energética, situada intermediariamente entre a dimensão física e a extrafísica, é responsável pela ocorrência da maioria dos fenômenos paranormais.

Os casos conhecidos por materialização são espetaculares, porém, muito raros. Embora ectoplastia seja a terminologia mais adequada para se nomear esta manifestação paranormal. Pois, na verdade, o que ocorre é uma moldagem do ectoplasma liberado pelo sensitivo, dando forma, por exemplo, a partes do corpo humano como mãos e rostos. Às vezes, aparecem espíritos que conversam e transmitem mensagens. Supostamente, a ação plasmadora é realizada por uma equipe de consciências extrafísicas.

Quanto ao fenômeno de materialização, propriamente dito, alguns médiuns poderosos conseguem dar existência concreta a diversas coisas, surgidas aparentemente do nada. No sentido contrário, a desmaterialização ocorre quando objetos ou seres vivos desaparecem do mundo físico. Claro, não estamos falando de truques de mágica ou mistificação, ainda que tal hipótese deva ser sempre considerada na investigação fenomenológica.

O teletransporte ou aporte é um fenômeno raríssimo, incrivelmente desconcertante, no qual objetos são retirados de fora para dentro, e vice-versa, de armários, salas, cofres, estando estes completamente fechados. É como se houvesse a penetração da matéria através da matéria. Certos pesquisadores, presentes na ocorrência do insólito evento, dão testemunho de que pedras arremessadas contra uma casa, atravessaram as paredes e o teto do prédio. Também existem registros bem documentados, antigos e modernos, de objetos ou seres vivos que são vistos aparecendo e desaparecendo, misteriosamente, de um lugar para outro.

A olorização, quando positiva, exala o perfume de flores, comumente, lírio ou rosa, junto com um sentimento de muita paz. Na combustão espontânea, as roupas e a mobília da casa pegam fogo sem haver uma explicação plausível para a causa do incêndio.

As batidas, raps em inglês, é o fenômeno de efeito físico com o maior número de registros e, provavelmente, de produção mais simples. De forma objetiva, pode se ouvir o som de pancadas em móveis, portas, janelas e utensílios domésticos. Tais batidas se repetem, com frequência, não deixando a menor dúvida quanto à realidade do fato. 

Na análise de qualquer evento, em primeiro lugar, sempre devemos presumir uma causa natural. Em função da mudança de temperatura, a madeira produz estalos devido à dilatação e contração da matéria. Vale verificar, também, se não é a mera ação do vento ou alguém fazendo o barulho.

Todos os objetos conservam energias exteriorizadas naturalmente pelas pessoas. As vibrações se imantam a eles de acordo com a intensidade e o tempo de exposição. Ideias fixas ou ações carregadas de emoção podem perdurar em um objeto durante muitos anos.

Observe se há muitos vazamentos de água ou entupimentos em sua casa; se surgem vidraças trincadas e, até mesmo, rachaduras no reboco das paredes. Algumas pessoas sentem odores fétidos, como o cheiro de esgoto. Isso é um indício clássico de que o campo energético do local está vibrando em desarmonia. Os quartos de hospitais, cemitérios e presídios estão entre os ambientes mais carregados de energias pertubadoras. Tais lugares mantém energias gravitantes, pesadas, permanentemente.

Na limpeza energética de um recinto, a primeira coisa a ser feita é uma inspeção em gavetas e armários. Objetos com alguma história ou evocação negativa devem ser jogados fora. A forma correta de se eliminar bagulhos energéticos é queimá-los ou enterrá-los. Em seguida, cabe fazer a higiene do holopensene por meio do EV. Se for conveniente, pode-se realizar a blindagem do local com a exteriorização de energias homeostáticas. Tal irradiação deve ser direcionada para todos os cantos da sala a ser isolada, por pelo menos três dias, em horários diferentes.

Retornando ao tema central, o ectoplasta instável emocionalmente, com frequência, vive queimando lâmpadas e dando pane em aparelhos eletroeletrônicos. Não raro, os equipamentos ligam e começam a funcionar sozinhos. A explicação mais provável, talvez seja a interferência magnética produzida no aparelho, em razão de uma intensificação da energia estática do sensitivo. Também chama atenção, ainda, os objetos caírem à sua volta ou lhe escaparem das mãos.

Descontados os quadros de ansiedade e de falta de coordenação motora, a energia liberada é capaz de deslocar objetos de um lugar para outro. Com esta colocação queremos dizer que o médium ectoplasta pode produzir o fenômeno de psicocinese, ou abreviadamente PK (do grego Psyché, alma, e Kynesis, movimento). Ou seja, o indivíduo tem a capacidade de mover um objeto à distância com a força de sua energia. Nos casos de atividade paranormal espontânea, móveis pesados, como estantes e armários, são arrastados ou tombados, copos, louças e panelas voam pelos ares. Diversos experimentos, rigorosamente controlados, demonstram que o ectoplasta consegue movimentar o ponteiro de uma bússola apenas com a imposição das mãos sobre o aparelho.

As sincronicidades vêm provocando espanto e perplexidade ao homem, desde tempos imemoriais. Acreditamos que, em alguns casos, seja o amparador extrafísico tentando nos chamar a atenção. Contudo, às vezes, a coincidência é tão extraordinária que só podemos atribuir a uma confluência engendrada pelo cosmos. Infelizmente, também há sincronicidades negativas.

À medida que elevamos a frequência vibracional do nosso campo energético, ficamos em harmonia com o cosmos e atraímos sincronicidades no momento e lugar certo. Deste modo, aquilo que expressamos do nosso mundo interior, continuamente ressoa e retorna até nós. É assim que afetamos positivamente o ambiente externo e os que estão em volta.

Quando a pessoa está sob influência de um padrão de energia desordenada, pode entrar numa série de acidentes parapsíquicos, geralmente consecutivos, em curto período de tempo. Alguém que pensa mal de outrem, atrai a presença das consciexes assediadoras daquela pessoa. Avançando um tanto mais, podemos dizer que isso cria a predisposição para se ter acidentes e contratempos de todo tipo. Waldo Vieira esclarece que a prevenção para evitar ocorrências funestas, provocados por psicocinese destrutiva, é ter uma vida regrada, com rotinas úteis e hábitos saudáveis. É fundamental, também, melhorar a qualidade dos pensamentos.

A ectoplasmia é uma faca de dois gumes. O médium de efeito físico precisa ser hígido e positivo, caso contrário tudo dá para trás em sua vida. A energia é o seu bem mais precioso, porém, quando mal-usada ela é sua maior fraqueza. O ectoplasta deve ter muito cuidado com seus descontroles emocionais, visto que um mero acesso de raiva promove uma intensa emissão de energia, podendo trazer consequências desastrosas. 

O maior escudo de proteção é a vivência de uma conduta cosmoética, que se manifesta pela interassistencialidade. Se a pessoa pensar e praticar o bem, tornando sua aura maior e mais forte, vai estar protegida contra as desgraças inesperadas. A energia positiva, do bem, desintegra as formas-pensamento deletérias e cargas negativas agregadas no campo áurico do indivíduo. Quanto mais fraternal for a qualidade da energia exteriorizada, maior será o seu efeito desassediador.

A variação hormonal vivida periodicamente pela mulher, além de interferir no humor, também afeta seu campo energético. Por esta razão, na fase da puberdade e na pré-menopausa, verifica-se uma exacerbação do parapsiquismo, com a produção de fenômenos de efeito físico.

Não por acaso, os epicentros desencadeadores dos espantosos poltergeists, na maior parte das vezes, são garotas de doze a catorze anos de idade, e que se encontram submetidas a forte crise psíquica. Nestes anos difíceis de adolescência, o equilíbrio emocional de uma jovem é facilmente perturbado. Acessos de fúria são comuns, assim como outras irrupções abruptas que parecem fora de qualquer proporção.

A palavra poltergeist é originária do idioma alemão e significa “espírito brincalhão”. Os estudos realizados com vários jovens que se deixaram examinar por uma equipe de psicólogos, revelam as seguintes características: a projeção era o mecanismo de defesa dominante do ego; eles tinham sentimentos de estarem deslocados ou de perda de integração; apresentavam tolerância muito baixa à frustração. Há uma tendência a reações histéricas, as pacientes se irritavam facilmente.

É importante pontuar que o fenômeno também ocorre entre garotos, na mesma faixa etária, em que se dá o desenvolvimento sexual. Noutros casos, porém, os epicentros não são adolescentes, mas sim pessoas mais velhas, o que contraria a regra de eles estarem sempre na puberdade.

Ainda com relação ao perfil dos agentes, muitos deles apresentam um quadro que poderia ser o de um epilético. Tanto a epilepsia quanto o poltergeist são passíveis de eclodir após abalos emocionais, e podem ser controlados através de psicoterapia.

Com frequência, os locais atingidos por estes fenômenos encontram-se em clima de forte tensão psíquica e conflito. Muitas vezes, verificam-se doenças repentinas e inesperadas, separações de casais ou brigas entre familiares.

Embora apresentem muitas características em comum, é necessário se fazer certa distinção entre os fenômenos de poltergeist e os conhecidos como assombração. Em vez de uma pessoa ser o fator desencadeante, nos eventos de assombração, as manifestações paranormais estão associadas a determinado local. Em sua esmagadora maioria, as casas mal-assombradas estão ligadas ao problema da morte. 

Para o pesquisador Ernesto Bozzano, a presença de um mesmo espírito no local, por tempo relativamente longo, é uma das características marcantes da assombração. Em alguns casos, fantasmas são vistos trajando vestimentas de muitos séculos atrás. Bozzano acredita que a consciex encontra-se presa ao lugar, por anos e anos, até séculos, devido ao seu monoideísmo. Isto é, a consciência extrafísica não consegue pensar noutra coisa a não ser no seu problema íntimo, no drama, na culpa, na vingança, tendo por cenário o espaço assombrado.

A dimensão extrafísica próxima à crosta terrestre é povoada por uma multidão de consciexes, em estado de paracomatose e parapsicose, post mortem, carentes de energia humana. A maioria delas sem nenhuma consciência de si, ou com o mínimo percentual de lucidez para compreender a situação surreal na qual se encontram.

O ectoplasta é muito suscetível ao assédio de consciexes energívoras que, sem perceberem, se acoplam à energosfera do sensitivo e lhe absorvem a energia vital. Por causa disso, a pessoa atingida experimenta uma sensação de exaustão física e mental. Não raro, ela vai emagrecendo e definhando a olhos vistos. Quando a ligação se dá através do chacra básico, há repercussão nas pernas, que parecem fracas e doloridas.

Ao ligar-se, a consciex sofredora transfere suas dores e aflições ao sensitivo, levando-o ao desequilíbrio nervoso. A condição de assédio psíquico inclui sentimentos de mal-estar, depressão ou pessimismo, ansiedade e irritação. O indivíduo assediado gesticula e fala sozinho e, a qualquer hora, está muito cansado ou sonolento. É comum, também, ele se queixar de náuseas e dores de cabeça.

Sensibilidade atrás da cabeça revela desenvolvimento parapsíquico, devido ao acoplamento de consciex junto ao microcampo da nuca. Arrepios, calafrios, zumbido ou pressão nos ouvidos, podem ser sinais de aproximação de uma consciex.  Na prática, é muito difícil para o sensitivo identificar o que lhe causa a impressão da psicosfera. Por isso, o estudo, a experiência e o autodiscernimento são critérios fundamentais na análise do parapsiquismo.

A semipossessão ocorre geralmente através de surtos. A pessoa percebe uma intrusão estranha dominando o corpo dela, o que se dá pelo afastamento do seu psicossoma e completa apropriação do seu energossoma pela consciex. Se o assédio for persistente, é necessária a intervenção de alguém experiente, que atue pela emissão de energia, a fim de separar a consciência extrafísica do corpo etérico do sensitivo.

Quanto maior a intensidade da energia consciencial, tanto maior será a força de atração do campo áurico. Assim como o ímã atrai as limalhas de ferro, os sensitivos ectoplastas ficam muito “carregados” ao atraírem energias gravitantes, formas-pensamento as mais variadas e, até mesmo, consciexes que se grudam na sua psicosfera. Em função da ectoplasmia, frequentemente, ocorre a atração de passarinhos para perto de si. Outro sinal que pode ser vivenciado é a sensação de receber uma aragem ou brisa fresca, mesmo estando num recinto fechado.

As formas-pensamento são criações mentais, de natureza etérica, que ficam vagando sem rumo na dimensão energética. Elas podem ser geométricas ou disformes, sadias ou insalubres, agradáveis ou repulsivas, dependendo da qualidade dos pensamentos que as geraram. A acumulação de formas-pensamento compõe o holopensene.

Entidades baratrosféricas, assediadoras, ou mesmo doentes e sofredoras, geram campos de força magnéticos intensos e de baixa frequência; ao passo que consciexes de planos superiores exibem elevado padrão vibratório. Aquelas consciências ainda mais evoluídas, apresentando-se diretamente pelo mentalsoma, vibram em altíssima frequência. 

As consciências extrafísicas – consciexes - se unem à aura da pessoa por afinidade, conforme a lei de que “os semelhantes se atraem”. Portanto, é do nosso interesse vigiar pensamentos e sentimentos negativos, pois, são eles que produzem vibrações baixas, atraindo a companhia de consciexes assediadoras.

Daí a importância de aplicar-se na reeducação da mente, mediante uma introspecção profunda e continuada, pois o aprimoramento íntimo favorece a sintonia com os amparadores extrafísicos, tomados comumente como anjos da guarda, protetores ou guias espirituais. Além disso, é possível aumentar o contato com o amparador, fazendo mais assistência.

Os amparadores extrafísicos imprimem sutilíssimas vibrações no psicossoma do sensitivo, e pela modificação de frequência imposta, mais elevada, harmonizam os chacras e eliminam as cargas deletérias aderidas no seu campo áurico. Noutro tipo de intervenção benfeitora, os amparadores desligam a consciex assediadora da psicosfera do sensitivo, e lhe dão o encaminhamento adequado.

O parapsiquismo se manifesta de modo intermitente, havendo interrupções de tempos em tempos. Com o passar dos anos, tende a aumentar, mas a ectoplasmia, ao contrário, diminui com a idade. De um modo geral, aos sessenta e cinco anos, o sensitivo ectoplasta perde esta função. 

Quando o parapsiquismo aflora de modo ostensivo, na maioria das vezes, cria dificuldade de adaptação ao indivíduo. Embora a manifestação dos sintomas não seja igual para todos, podemos citar algumas características comumente observadas.

Em geral, o sensitivo demonstra agitação nervosa, irritação e, do nada, tem explosões de agressividade. Sem causa aparente, sofre de ansiedade, paranoia ou medo injustificado. Da mesma forma, experimenta sentimentos de inadequação, angústia e depressão. Outras reações típicas são o indivíduo exibir cacoetes, fazer caretas incontroláveis, bem como se coçar com frequência. Ou, ainda, o sujeito apresenta humor instável, marcado por gargalhadas e choro sem motivo. Com o tempo, a perturbação mental pode levar à desorganização completa da personalidade.

O estresse psíquico acaba trazendo consequências para a saúde, como taquicardia ou arritmia cardíaca e hipertensão arterial, gerando enxaqueca. A restrição sanguínea na pele e nas extremidades do corpo, deixa o rosto pálido, bem como as mãos e pés frios. Ainda, a diminuição de imunidade provoca gripes e resfriados com mais facilidade.

Nem todo transtorno mental é sinal de mediunidade. À primeira vista, tais sintomas caracterizam um quadro clássico de psicose. Contudo, a mente humana é muito mais complexa. Junto com a excitabilidade nervosa, pode haver a ocorrência de certos fenômenos que deixam a pessoa desnorteada. Sendo mais explícito, ela entra em transe, se vê flutuando acima do corpo, sente a presença de vultos, tem visões ou escuta vozes.

Incapaz de estabelecer o equilíbrio interior, pela própria vontade, o sujeito se isola do convívio social e familiar como forma de proteção. No fundo, constitui-se num mecanismo de defesa do ego, pois o nosso orgulho que é mais ameaçado.

A melhor forma de superar os efeitos nocivos do parapsiquismo é compreendê-lo.  Não querer enfrentar o problema, na esperança de que o mesmo desapareça naturalmente, é como evitar ir ao médico para não saber o diagnóstico da doença. O tempo passa e a perturbação continua.  A situação tende a se tornar crônica, de modo que a pessoa pode conviver com o incômodo durante a vida toda.

O parapsiquismo, nas suas diversas formas de expressão, sofreu muita perseguição ao longo dos séculos, seja por intolerância religiosa, por medo do desconhecido ou por mero preconceito. No passado, pouco importava se o envolvimento com o sobrenatural tinha o objetivo de propagar o bem ou o mal. Tudo recebia o timbre de feitiçaria e como tal era sumariamente condenado.  

Em razão da discriminação, indivíduos que manifestassem algum distúrbio nervoso tinham de padecer em silêncio. Rezas e penitências eram as prescrições mais comuns para tratar o problema.  Hoje em dia, as pessoas mais esclarecidas vão procurar alívio para esse gênero de perturbação nos consultórios médicos.

O parapsiquismo fora de controle pode ser confundido com os sintomas de algumas patologias graves como, por exemplo, a esquizofrenia e a epilepsia, que provocam delírios alucinatórios. A psiquiatria, em particular a escola americana, classifica os estados alterados de consciência como sendo um tipo de doença mental. Por esse motivo, quando o paciente relata ter visões ou escutar vozes, usualmente o médico prescreve-lhe remédios psicotrópicos como tratamento.

Ora, é sabido que toda droga medicamentosa causa dependência quando usada durante muito tempo. Além disso, também produz efeitos colaterais adversos. Logo, se a medicação for administrada por um período curto e, com efeito, promover a cura do paciente, nada se poderá contestar. Todavia, se a higidez mental for restabelecida à custa de um tratamento longo, ou então permanente, a situação precisa ser mais bem ponderada. Sobretudo se não houver melhora considerável no quadro clínico.

Não somos contra a ciência. Aliás, devotamos enorme admiração pelas descobertas obtidas por meio de experimentos feitos em laboratório, notadamente, no âmbito da biologia molecular. Mas verdade seja dita, a venda de medicamentos constitui um dos negócios mais rentáveis no mundo inteiro. Por conta disso, os interesses econômicos da indústria farmacêutica acabam dirigindo as pesquisas, bem como orientando a formação acadêmica dos futuros médicos, com o intuito de impulsionar o desenvolvimento de produtos e mercados.

Sem dúvida nenhuma, o psiquiatra possui capacitação técnica para diagnosticar corretamente um transtorno psicótico. Também está fora de julgamento o zelo desses profissionais pelo bem-estar dos seus pacientes. Mais uma vez, nós questionamos o paradigma exclusivamente materialista que norteia a ciência médica, reduzindo tudo a um processo físico.

O sistema nervoso autônomo, dividido em simpático e parassimpático, é responsável pelo controle das funções vegetativas do corpo humano. Os dois sistemas têm efeitos opostos sobre os órgãos, glândulas e vasos sanguíneos inervados por eles. Por exemplo, enquanto o simpático aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático a diminui. A interação coordenada de ambos os sistemas mantém o equilíbrio interno do organismo.

O parassimpático, envolvendo principalmente o nervo vago, é acionado nos momentos de repouso, durante o sono e na digestão dos alimentos. Em sua atividade fisiológica, voltada para o relaxamento corporal, promove a desaceleração dos batimentos cardíacos, a diminuição da pressão arterial, bem como a redução dos níveis de adrenalina e glicose no sangue. Na digestão, impulsiona a motilidade do trato gastrointestinal, aumenta a produção do suco gástrico e, ainda, estimula a liberação de bile pela vesícula biliar e de enzimas digestivas pelo pâncreas. Na respiração, promove a secreção das glândulas nasais e a constrição dos bronquíolos pulmonares. Além disso, provoca a micção, ao contrair os músculos lisos da bexiga e, ao mesmo tempo, relaxar o esfíncter da uretra.

Síndrome ectoplásmica é o conjunto de sintomas apresentados pelos sensitivos ectoplastas, que coincidem, majoritariamente, com os impulsos de origem parassimpática. Vale lembrar que o sistema nervoso parassimpático tem a função de conservar e restaurar a energia do organismo. Então, podemos supor que a referida desordem seja uma resposta adaptativa do organismo para tentar manter a estabilidade, a homeostase, diante da perda de fluido vital. Essa estabilidade consiste em manter certas variáveis como a pressão sanguínea, a temperatura ou os níveis de glicose dentro de um nível aceitável. No entanto, quando esses mecanismos autônomos se veem superados e não conseguem manter essa regulação, aparece a resposta descompensada. Ainda que estejamos nos fixando na parte má da síndrome – por exemplo, quando se torna crônica – o processo em si é indispensável para nossa sobrevivência.

A seguir, são listados alguns desses sintomas, junto com uma breve descrição onde for necessário: maior salivação, sendo observada no travesseiro; vontade de urinar com frequência; aumento do peristaltismo intestinal e, em certos casos, flatulência; desejo de comer algo doce; estado de torpor, moleza, sonolência; sudorese generalizada; aperto no peito, dificuldade para respirar.

Os ectoplastas apresentam alta incidência de alergias e afecções de pele, que são devidas às energias conscienciais patológicas. Igualmente, são relatados muitos casos clínicos de artrites e tendinites. As mioclonias, espasmos musculares súbitos e involuntários, estão associadas à ectoplasmia, mas normalmente não causam grandes consequências. O depósito de mioectoplasma costuma ocorrer na região das panturrilhas, causando uma sensação de peso acentuado nas pernas. Sente-se o andar pesado, desconfortável, dolorido.

O excesso de energia tem sido apontado como a causa mais provável para os problemas de saúde. Ela pode ficar bloqueada nos centros de força e, com o tempo, deixar de fluir para os sistemas orgânicos. A estagnação de ectoplasma provoca uma espécie de “congestão fluídica”, gerando desconforto, tensão, dores e até doenças. O bloqueio do esplenicochacra leva ao intumescimento do baço. Do mesmo modo, quando o fígado é sobrecarregado, traz como consequência o aumento de volume do órgão. Se a energia densa ficar retida na cabeça, pode causar enxaqueca.

Uma série de fatores são responsáveis pela manutenção da saúde, como a idade, hábitos alimentares, estilo de vida, a genética, entre outros. Antes de mais nada, o bom ou mau funcionamento dos órgãos internos do corpo humano depende das condições mentais do indivíduo. A maior parte das doenças é mero efeito de autovitimização. Não devemos esquecer que toda emoção negativa afeta o psicossoma, dando curso a inumeráveis desarmonias. Naturalmente, essa descarga deletéria manifesta-se com mais intensidade nos ectoplastas.

O mentor espiritual, Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, no livro Pensamento e Vida,  nos alerta, com respeito às doenças psicossomáticas: “Cultivar melindres e desgostos, irritação e mágoa é o mesmo que semear espinheiros magnéticos e adubá-los no solo emotivo de nossa existência, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta corpórea, estragando os centros de nossa vida profunda e arrasando, consequentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras do corpo.”

Tudo leva a crer que as parapatologias tenham origem nos níveis mais profundos do inconsciente ou, melhor dizendo, no psicossoma, com reflexo no energossoma e, por último, no corpo físico. Ressonâncias vibratórias negativas, impressas nos refolhos do ser, acabam gerando mal-estar, disposições mórbidas e o destrambelhamento do sistema nervoso. Mas, em vez de ficarmos especulando sobre a etiologia do parapsiquismo patológico, preferimos apontar logo os tratamentos alternativos a fim de resolver ou, pelo menos, mitigar o problema.  

As terapias bioenergéticas, com seus variados métodos, têm por objetivo a higienização do campo áurico, a promoção de desbloqueios e a mudança da vibração interna na pessoa debilitada. Desde os tempos mais remotos, o procedimento usual tem sido a simples imposição das mãos sobre a pessoa. Na atualidade, podemos citar o passe espírita, o Reiki, o arco voltaico craniochacral, a acupuntura, entre tantos outros.

Porém, o melhor é a pessoa restaurar, por si mesma, o equilíbrio energético e a saúde mental, bem como viabilizar os desassédios permanentes. Neste sentido, os recursos terapêuticos indicados por Waldo Vieira são, a saber: o EV e a Tenepes.

EV - Estado Vibracional – técnica bioenergética que visa a expandir e potencializar o livre fluxo das energias conscienciais. Por se tratar de um tópico muito importante, vamos estudar um pouco melhor a referida manobra em capítulo específico desta obra.

Tenepes – Tarefa Energética Pessoal – consiste na doação de energias, com finalidade assistencial, para consciexes enfermas. Abrindo um rápido parêntese, a técnica também é conhecida como passes para o escuro. Aliás, não é preciso se ter a clarividência aberta para a realização da tenepes, já que ela conta com a supervisão de um amparador extrafísico, especialista na assistência interconsciencial. Apesar de não aceita pela ciência convencional, é a melhor terapia para a autocura dos assédios inconscientes. Além disso, promove a recomposição energética diária e o desbloqueio dos chacras do praticante.

As duas técnicas devem ser combinadas, porém, nada impede a aplicação somente do estado vibracional.  Em todo caso, sempre se começa pelo controle do EV. Muito resumidamente, o método baseia-se na execução de EVs e na realização da tenepes, diariamente, durante 50 minutos, por toda a vida. Em função dos cuidados que se deve ter na prática da tenepes, recomendamos ao principiante contar com a orientação de alguém com experiência, em vez de adquiri-la à sua própria custa.

É imprescindível o médium ectoplasta fazer a desassimilação das energias conscenciais negativas aderidas em sua psicosfera, seja por meio do estado vibracional profilático ou de qualquer outro método de sua preferência.

Waldo Vieira assegura que o parapsiquismo aplicado com finalidade assistencial, como feito através da tenepes, possibilita o equilíbrio íntimo e a cura de variadas patologias relacionadas ao holossoma do assistente.

A prática diária da tenepes é particularmente indicada ao sensitivo ectoplasta, pois além de lhe descongestionar a tensão fluídica, a energia densa, liberada por ele, pode ser manipulada pelos amparadores extrafísicos e empregada em intervenções avançadas de assistência. Deste modo, a energia ectoplásmica pode ser aplicada nas paracirurgias, que promovem desbloqueios psicossomáticos e reparações parafisiológicas; no auxílio à dessoma; bem como na remoção de resíduos energossomáticos engastados no corpo emocional da consciex. O ectoplasma também é muito útil na desintegração de campos de força desarmônicos, e na blindagem da área onde as consciexes são atendidas pelo amparador de função. A doação de energia pode ser feita a lugares distantes da base física.

O autoconflito é a raiz de todo processo de assédio interconsciencial. Os tormentos de fundo emocional, com insistência inoportuna, são os que oferecem resistência mais tenaz. Quando o indivíduo se fecha num circuito de pensamentos obsessivos, acaba por instalar um campo de força pernicioso ao seu redor.

O heteroassédio desaparece assim que acaba o autassédio. Para realizar o desassédio de si mesmo, em primeiro lugar, é preciso fazer a reciclagem existencial – a recéxis, e pôr um fim a todo e qualquer tipo de autocorrupção. Então, através de um recolhimento íntimo, promover as incessantes renovações mentais no intuito de restabelecer a harmonia interior. Neste passo, é sempre válida a aplicação da consciencioterapia, tendo abrangência multidimensional e holossomática. A desassedialidade aumenta quando a pessoa deixa de fugir dos assediadores, intra e extrafísicos, e passa a assisti-los.

O maior poder da pessoa é a vontade. Com ela, os fatores energéticos do ambiente, as indisposições, a influência danosa dos assédios e, até mesmo, as pequenas enfermidades são superadas.

O ser humano traz dentro de si extraordinários potenciais de desenvolvimento que, por ignorância, não são aproveitados. Lamentavelmente, as mesmas forças que poderiam catapultar o sujeito à realização pessoal, quando em desequilíbrio, são a causa de muitos infortúnios.

ao reconhecer e assumir a sua condição diferenciada, aplicando esta capacidade incomum na interassistência, ou seja, ajudando os outros, o sensitivo vai dar um grande passo para promover a aceleração da própria evolução consciencial. Tal oportunidade permite que ele alcance o autodiscernimento, o equilíbrio mediante o controle das suas energias e a liberdade através do despertar da alma.

 

 Para obter mais informações sobre as técnicas mencionadas nesta seção, você pode entrar em contato com o IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.