Segundo a Conscienciologia, o ser humano é
formado por quatro corpos, citados aqui em ordem crescente de sutilização: o soma
ou corpo físico, o energossoma, o psicossoma e o mentalsoma.
O soma é constituído, aproximadamente, por
dez trilhões de células, reunidas em diversos sistemas de órgãos e funções
coordenadas entre si. Do ponto de vista químico, é uma complexa estrutura
formada pela junção sucessiva de moléculas e átomos. Por sua vez, os átomos são
compostos de partículas ainda menores, os prótons, elétrons e nêutrons, girando
em altíssima velocidade. Em última análise, o corpo físico é mais uma variedade
de energia concentrada, possivelmente, derivado dos demais corpos sutis.
O
energossoma, igualmente conhecido
como holochacra, corpo vital ou duplo etérico, interpenetra, célula a célula, o
organismo de todo ser vivo. De natureza ondulatória, é composto por camadas
energéticas que vão desde a intimidade do corpo denso até sua ligação com o
psicossoma. Invisível aos olhos do homem comum, projeta-se um pouco além do
corpo físico, envolvendo-o de forma semelhante a uma capa de coloração
prateada, sendo mais ou menos reluzente de acordo com a maior ou menor
vitalidade.
O psicossoma é o veículo com o qual nos
manifestamos na dimensão extrafísica, também identificado pelo nome de corpo da
alma, corpo emocional e perispírito. Muito sensível às emoções e aos
sentimentos, sua aparência corresponde a uma cópia fiel do corpo denso, não
obstante possuir a capacidade de se transfigurar ideoplasticamente. Na maior
parte do dia, encontra-se coincidido com o organismo biológico. Quando projetado, o
psicossoma permanece ligado ao soma por uma conexão de energia sutil,
denominada emblematicamente de cordão de prata. Após a morte, o cordão de prata
se rompe, então o psicossoma deixa o corpo físico para sempre.
Vibrando em altíssima frequência, num plano superior,
que transcende o tempo e o espaço, o mentalsoma é o envoltório mais próximo da
consciência, constituindo a sede dos pensamentos e das ideias. Às vezes chamado
paracorpo do autodiscernimento, o mentalsoma capacita-nos a distinguir entre o
bem e o mal, o certo e o errado, a realidade e a ilusão. Apresenta-se sob a
forma de uma esfera de luz radiante, estando unido ao paracérebro do psicossoma
pelo cordão de ouro. O corpo mental possui a faculdade de guardar impressões,
conhecimento e experiências, adquiridas em vidas passadas. A concentração, a
memória, a imaginação e o raciocínio lógico são atributos mentaissomáticos.
Na verdade, os quatro corpos se manifestam em
diferentes dimensões, mantendo-se cada um deles com uma variedade própria de
energia, que corresponde aos respectivos planos cósmicos de existência. Embora
estejam separados por um gradiente específico de vibração, formam um conjunto
interconectado e harmônico, que chamamos de holossoma.
Nesta singela pesquisa, vamos tratar resumidamente
apenas do energossoma, das propriedades inerentes à sua natureza, estrutura e
funções, bem como suas relações com a energia consciencial.
O energossoma une o soma ao psicossoma como
um veículo de ligação, inter-relacionando-se com ambos. Em tese, sua principal
função consiste em assimilar e distribuir a energia que anima o organismo
físico. Esta corrente de força é absolutamente fundamental para a manutenção da
vida, bem como para moldar e manter a coesão do corpo biológico. Outra função
importante do energossoma é formar uma barreira de proteção frente à dimensão
extrafísica, cujo contato permitiria a exposição do indivíduo a toda sorte de influências
pouco desejáveis. O corpo energético também impede o acesso às memórias do
passado, gravadas em determinados centros anímicos do psicossoma.
O holochacra recebe os impulsos do psicossoma
e os transfere para o soma, fazendo o mesmo também em sentido contrário. Os
animais e as plantas também possuem energossoma, apesar de ser menos
especializado do que o humano.
A energia imanente, também designada de éter
ou fluido cósmico universal, é a energia primordial cujas modificações
constituem as demais formas vibratórias, nos diversos planos de manifestação,
em todo o Universo. A energia imanente, que passa através do planeta Terra, é
irradiada por este como geonergia.
O ser humano absorve energia imanente e,
mediante um processo ainda desconhecido, a converte em energia consciencial.
Convém deixar bem claro que se trata de uma modalidade de vibração ainda não
identificada pelos aparelhos científicos atuais. De acordo com a linha de
conhecimento, a energia consciencial recebe outros nomes, tais como: prana, chi, força vital, fluido magnético ou
bioenergia, para citar alguns. Daqui para frente, vamos chamá-la simplesmente
de energia.
Essa energia é dividida em cinco categorias
ou tipos de fluxos, de acordo com a sua função e a localização específica no
corpo humano. A parte inferior do abdômen constitui um grande reservatório de energia
vital, cujo excesso é automaticamente distribuído pelos pontos que necessitam
dela.
Na mulher, o útero é uma usina de energia;
possivelmente, a matéria sutil para formar o energossoma do feto seja retirada
da respectiva fonte materna. É provável, também, que o energossoma se forme
antes que o corpo físico, servindo de molde para este último. Talvez, os genes
do embrião sejam organizados sob influência das linhas de força do energossoma.
As células do corpo humano são vitalizadas
ininterruptamente pelo energossoma. O sangue é o maior acumulador de energia
vital no organismo físico, de modo que o calor do corpo, em certa medida,
depende da ação dinâmica do energossoma. Quando a energia vital está baixa, as
pessoas tornam-se cansadas e deprimidas.
No decorrer do dia, a pessoa vai descarregando
naturalmente a energia através das atividades usuais do cotidiano. Em geral,
até os 35 anos de idade, a energia consciencial flui mais do psicossoma para o
corpo físico. A partir dos 36, ocorre a inversão do fluxo energético.
Na superfície do energossoma, existem centros de força
responsáveis pela absorção, transformação e distribuição de energia para o
holossoma, denominados de chacras. Como é sabido, a palavra chacra é oriunda do
sânscrito, cuja tradução literal significa roda. Tanto no oriente como no
ocidente, os chacras têm sido descritos, por videntes dignos de confiança, como
sendo vórtices brilhantes de luz, semelhantes aos redemoinhos de água e
ciclones.
Os
chacras estão interligados numa vasta rede de canais, por onde circula a
energia vital, que denominamos de sistema nádico. Muito estudados na medicina
chinesa, os referidos condutos não são estruturas físicas, mas sim correntes ou
fluxos de energia. Embora haja uma conexão muito próxima entre o energossoma e
os sistemas nervoso e vascular, os condutos energéticos não devem ser
confundidos com os nervos nem com os vasos sanguíneos.
O livre
fluxo da energia vital através dos canais energossomáticos é indispensável para
a movimentação dos chacras. Quando a energia corre livremente por todos eles,
nos sentimos bem, plenamente saudáveis. No entanto, se a circulação de energia
está bloqueada, isto provoca um desequilíbrio mental e físico, geralmente
resultando em doença.
Os
chacras estão intimamente associados ao nosso estado intraconsciencial. O
psiquismo movimenta, anima e dirige o vórtice. Obviamente, quando um chacra
está bloqueado, ele para de girar, impedindo tanto a absorção quanto a saída de
energia. Os bloqueios são pontos de resistência no sistema energético, cuja
maioria deles é gerada a partir da tensão emocional.
A
polarização é uma propriedade intrínseca da energia consciencial, não existindo
meio termo quanto à sua manifestação. Ao fluir é positiva ou sadia, e a
responsável pelo bloqueio é negativa ou patológica.
Há
milhares de vórtices no energossoma, todos em rápida e contínua rotação, mas
apenas sete são considerados os mais importantes, pois distribuem a energia
sutil para os demais microcampos do sistema. Cada um deles regula determinada
corrente de força, conforme o tipo de energia absorvida, e cumpre uma função
diferente.
A ordem
dos principais chacras é a seguinte:
Chacra
básico ou Sexochacra – Está situado no períneo, no centro da linha média. Na
mulher, abaixo da vagina e, no homem, logo atrás dos testículos. O chacra
básico transforma a geoenergia em bioenergia, e movimenta todos os demais
chacras, sendo responsável, em grande parte, pelo vigor do corpo físico.
Constitui a origem dos instintos de sobrevivência do indivíduo e de preservação
da espécie. O primeiro centro energético está associado com o funcionamento dos
órgãos reprodutores. Pelo chacra básico, a pessoa se conecta com o plano
terreno, adquire estabilidade e segurança, bem como desenvolve sua capacidade
de ser bem-sucedido no mundo.
Umbilicochacra
– Conforme o próprio nome sugere, encontra-se sobre o umbigo. Desse centro, as correntes
de energia vital fluem para o interior do estômago, fígado e intestinos,
atuando na digestão dos alimentos. O fogo digestivo confere satisfação em todas
as coisas, entusiasmo e força. A glândula mais frequentemente associada ao
umbilicochacra é o pâncreas. A estimulação do chacra umbilical, antes que a
mente esteja firmemente controlada, pode provocar a vontade de comer em
demasia. Ainda, em desequilíbrio, promove um egoísmo exagerado, típico da infância,
em que a pessoa quer tudo para si. As reações instintivas são
desencadeadas primeiro neste microcampo magnético, com reflexo no sistema
nervoso entérico, tido como o subcérebro abdominal. O umbilicochacra é
o centro telepático das emoções. Por afinidade vibratória, podemos assimilar
energias carregadas de emoções grosseiras, tais como medo, ódio, luxúria,
inveja e orgulho. A tensão emocional afeta primeiro o chacra umbilical causando
cólicas do estômago, e quando continuada pode levar à gastrite, úlcera
estomacal e diabetes. Só para constar, o umbilicochacra responde pela maioria
dos bloqueios chacrais. Aí se alojam os registros energéticos de muitas
vivências, começando pelo vínculo entre mãe e filho durante a gestação;
memórias ancestrais e complexos de grande intensidade emocional, que ficam
reverberando em camadas mais profundas do subconsciente.
Esplenicochacra
– Localiza-se na altura do baço, abaixo da última costela, no lado esquerdo. Tem
a função de distribuir a energia vital dentro do energossoma e, através da corrente
sanguínea, para o corpo físico, conforme o seguinte princípio: “energia e
sangue, um acompanha o movimento do outro”. Quando nos desvitalizamos, sentindo
fadiga e letargia, sem vontade de fazer nada, é porque o esplenicochacra está
com mau funcionamento. Mãos e pés sempre frios é outro
sinal de que o chacra do baço está desequilibrado. A higidez de diversos órgãos
depende da quantidade de energia distribuída por este centro de força. Se o
baço não cumpre sua função hematológica tanto quanto deveria, o fígado também
fica prejudicado. Sem receberem os nutrientes adequados, os músculos
enfraquecem e, nos casos mais severos, podem atrofiar. Os tendões perdem a
mobilidade, o que pode causar extensão ou flexão debilitada, ou até mesmo
paresia dos membros.
Cardiochacra
– Situado na linha média do tórax, o quarto chacra vitaliza o coração, os
pulmões, o sistema circulatório e o sangue. Este centro de força equaliza as
energias dos chacras superiores, mais voltados à consciência, com as energias dos
microcampos inferiores, mais instintivos. O atributo essencial do cardiochacra
é o amor: pelos pais, filhos, irmãos e familiares, assim como a paixão dos
enamorados. Porém, ainda é um sentimento cheio de apego. O chacra do coração se
desenvolve através da empatia pelos outros. Em contrapartida, o egoísmo impede
seu desenvolvimento. Na maioria das vezes, a mágoa e o
ressentimento são a causa determinante dos bloqueios energéticos
cardiochacrais. Os sentimentos reprimidos vão formando verdadeiras “couraças”,
que impedem o fluxo da energia.
Laringochacra
- Posicionado na parte anterior do pescoço, promove o uso da fala como forma de
comunicação, sendo muito desenvolvido nos pregadores e oradores em geral. No
corpo físico, tem ação sobre a glândula tireóide, responsável pela secreção de
hormônios que controlam uma série de funções, como o crescimento, o metabolismo
e a fertilidade. No tocante ao parapsiquismo, está diretamente relacionado com
a clariaudiência e a psicofonia.
Frontochacra
- Localizado na porção inferior da testa, entre as sobrancelhas, exerce ação
sobre o córtex pré-frontal do cérebro, assim como estimula a função secretora
da hipófise, considerada a glândula mestra do sistema endócrino. O indivíduo
com este centro energético equilibrado possui uma mente calma, dispondo de
clareza de raciocínio. Em desequilíbrio, pode ter dificuldade de concentração,
perda de memória, dor de cabeça e problema de visão. O frontochacra guarda
estreita conexão com o mentalsoma, facultando a expansão da inteligência e do
conhecimento intuitivo. Também chamado de terceiro olho, sua plena atividade
desenvolve a clarividência e a telepatia.
Por meio da abertura deste microcampo, o vidente pode, inclusive, prever
o futuro.
Coronochacra
– É o mais importante de todos os chacras, regulando os demais centros de força
no energossoma. Situado no alto da cabeça, controla absorção e a transformação
da energia imanente, mais pura e sutil, dispersa no cosmos. Este chacra consiste
na principal ponte de ligação entre o mentalsoma e o cérebro físico, fornecendo
ao homem um ponto de contato com o Infinito. Aqueles poucos indivíduos, que
desenvolveram plenamente o chacra da coroa, obtiveram uma sabedoria
excepcional.
Waldo
Vieira revelou que, na sola dos pés, também há centros de força secundários,
mas muito importantes, os quais se relacionam diretamente ao chacra básico. O
tempo todo, a energia proveniente da terra é absorvida pelos referidos plantochacras
e, de modo espontâneo, sobe pelas pernas até o primeiro chacra, onde é
transformada. A geoenergia ao ser modificada pelo chacra básico em bioenergia,
ativa os demais vórtices do energossoma. À medida que a força vital ascende
pelo sistema energético, ela se torna menos densa, mais sutil.
Além dos
energovórtices mencionados antes, os chacras localizados nas palmas das mãos
são igualmente centros, secundários, de absorção e exteriorização de energia,
tidos como uma extensão do cardiochacra.
Desequilíbrios
no sistema holochacral podem surgir como resultado de uma dieta pobre, maus
hábitos, enfermidades, falta de atividade física, sono inadequado, traumas
emocionais, estresse e outros fatores decorrentes de nossa interação com as
pessoas e o ambiente.
Se por
qualquer motivo um centro de força tiver mau funcionamento, a longo prazo, os
órgãos controlados por aquele microcampo sofrerão com a manifestação de
doenças. O mesmo acontece com os aspectos psicológicos governados pelo chacra.
O
bloqueio do chacra básico tem efeito sobre os demais centros energéticos,
causando o desequilíbrio de todo o sistema. Por conta disso, podem ocorrer os
seguintes sintomas: baixa vitalidade, fadiga física extrema, desânimo e
depressão. Frequentemente, o indivíduo é tomado por obsessões neuróticas. No
mais das vezes, um chacra básico bloqueado resulta em debilidade dos órgãos
reprodutivos e baixo desejo sexual, causando impotência nos homens e frigidez
nas mulheres. A energia oriunda do chacra básico promove a fixação da
consciência na realidade intrafísica, ao passo que a deficiência energética
pode levar ao escapismo.
A
insegurança é o principal problema psicológico relacionado com o bloqueio do
primeiro chacra. Da insegurança, surge o sentimento de inadequação ou de não
pertencer a nenhum lugar, a ansiedade e o medo.
Aura ou energosfera é um campo de força luminescente, com
propriedade eletromagnética, que circunda o corpo humano. A aura varia em
cores, tamanho e intensidade, a todo momento, conforme o estado de ânimo da
pessoa. O primeiro nível do campo áurico é formado pela irradiação do
energossoma. A aura total é composta, também, pelos campos vibratórios dos
demais corpos sutis.
Quando entramos numa vibração positiva, a aura se expande e
resplandece. Os pensamentos e sentimentos bons geram cores claras e límpidas. Porém,
as emanações negativas, como a tristeza, o rancor e a maldade, aparecem com
cores escuras, sujas ou deformadas, cujos elementos são desmagnetizadores e
desagregadores. As
explosões de ira frequentemente aparecem como clarões vermelhos na energosfera.
O marrom escuro, semelhante ao barro, é sinal de doença, especialmente, na
parte do corpo onde a nódoa está localizada.
A luz
branca em torno da pessoa revela alguém muito evoluído, desfrutando de
permanente serenidade. Como muita gente sabe, a cor violeta resulta da transmutação
do carma negativo, conforme aumenta esta tonalidade na aura, as percepções extrassensoriais
e a espiritualidade são ampliadas. A cor azul indica pureza e poder; o rosa
denota amor incondicional; o verde satura a aura do homem com o dom da cura;
porém, o matiz intermediário entre o verde e o amarelo denuncia a inveja e o
ressentimento; o amarelo - quase dourado – deixa transparecer inteligência; não
obstante, o amarelo sujo é típico do intelectualismo egoísta; o vermelho é a “cor
do pecado”, que provoca as paixões da carne.
A energosfera atua feito um escudo de defesa contra energias
negativas de outras pessoas, quando estamos na companhia delas, bem como do
ambiente. A melhor forma de proteção é manter o campo energético forte e
brilhante. Em condições normais, a maioria das pessoas possui um halo luminoso
de apenas 10 centímetros. A pessoa com o parapsiquismo desenvolvido apresenta
um campo até três vezes maior. Excepcionalmente, a aura saudável pode se
estender por 1 metro em todas as direções, a partir do corpo físico.
Quanto
mais potente for a energosfera de uma pessoa, mais forte seu efeito magnético,
mais ela irá atrair e liderar os demais que estão alinhados com sua frequência
vibratória. Porém, de nada adianta o indivíduo ter uma aura brilhante se ao
mesmo tempo não demonstrar uma postura digna. Os campos áuricos também provocam
a repulsão entre as pessoas.
Durante
o sono, enquanto o corpo físico permanece repousando na cama, o psicossoma se
desprende do energossoma e fica pairando sobre o leito. Embora seja uma vivência
comum a todas as pessoas, somente um número reduzido de indivíduos tem
consciência de sua condição extrafísica.
Desde Hipócrates, considerado o patrono da
medicina ocidental, os fisiologistas têm limitado sua atenção à parte visível
do organismo. De acordo com o atual entendimento
científico, a consciência não passa de uma ilusão causada pela reação de
moléculas no interior dos neurônios. Alguns pesquisadores inclusive têm
procurado mapear cada área do cérebro durante um exercício de meditação, ou
mesmo numa experiência de quase morte.
De fato, os estímulos neuronais explicam muita coisa
sobre o organismo físico, porém não elucidam por completo a constituição
integral do ser humano. A ciência médica afirma que
alterações na bioquímica celular provocam mudanças nos pensamentos e nas
emoções. Neste entrelaçamento de forças, é plausível supor que a bioenergia
seja o suporte de todas as reações do organismo.
O
Oriente tem uma visão diferente e admite a existência da força vital na
formação do corpo humano, assim como sua importância para a saúde física e
mental.
A doença
pode existir durante muitos anos no campo mental, psicossomático e energético
antes de se manifestar no corpo físico. A pessoa enferma, devido à escassez ou
falta de fluxo de energia vital, não irradia a luz característica de um organismo
saudável. É certo que algumas enfermidades resultam da falta ou do mau uso da
energia. Porém, as mais complexas são fruto do acúmulo energético.
O
energossoma é formado por uma rede de sistemas. Assim como o baço, o fígado
desempenha um papel fundamental na armazenagem e distribuição de energia vital no
corpo humano, estando profundamente conectado com o estômago, o coração e os
olhos. Logo, a estagnação de energia no fígado não só lhe compromete a própria saúde,
mas também provoca o desequilíbrio dos demais órgãos ligados a ele. Admite-se
que tal bloqueio resulte do descontrole emocional prolongado, notadamente por
causa de uma grande frustração e da raiva reprimida. Depois de algum tempo, o
acúmulo de sangue acaba produzindo calor e inchaço hepático. Quando
o fluxo energético sobe até os olhos, ocorre um aumento da pressão intraocular;
surgem pontos brilhantes ou manchas no campo visual; prurido nas pálpebras; os
olhos ficam vermelhos, secos e doloridos; a visão se torna fraca e turva.
Estados emocionais negativos de caráter mais
ou menos duradouro produzem anomalias energéticas. Fatores como esses,
dificultam a circulação interna da energia, debilitando inicialmente o
energossoma e, depois, o corpo físico. Por conta disso, o perigo de contrair
uma enfermidade é muito maior. Se o desequilíbrio energético não é corrigido logo que se
manifesta, os sintomas vão piorando progressivamente, tornando o quadro cada
vez mais grave.
Uma pessoa gozando de boa saúde absorve e
transfoma mais energia do que a necessária para o seu corpo. Por esse motivo,
ela pode irradiar o quantum excedente no auxílio de pessoas mais fracas ou
doentes, sem que isso diminua sua vitalidade. Há doentes que se curam apenas
por estarem na companhia de uma pessoa que tenha a aura potente. Algumas
pessoas podem, inconscientemente, drenar a energia de quem está perto. Quando
nossa energia é muito sugada pelos outros, podemos nos sentir exaustos.
O indivíduo se equilibra ou se descompensa
energeticamente sob movimentos ininterruptos de trocas com as pessoas ao seu
redor. A energia não flui livremente quando há algum bloqueio nos circuitos do
energossoma, especialmente nos chacras principais. Muita energia num lugar
causa congestão e pouca pode causar fraqueza e esgotamento. Importa dizer que
as auto compensações energéticas, promovidas intencionalmente pelo indivíduo,
evitam o uso de medicamentos e drogas em geral.
O
energossoma funcionando de maneira certa é fonte de saúde e disposição. Confere
poder e confiança ao indivíduo, além de ser alavanca para o sucesso pessoal.
Porém, se a pessoa está debilitada energeticamente, sente-se cansada,
desanimada e deprimida. Assim, a passividade, o medo e a impotência dominam o
indivíduo, acarretando insucessos e dificuldades perante o mundo.
A propósito, pensamentos e sentimentos positivos
reverberam através do nosso campo energético, induzindo-o a vibrar numa
frequência muito mais rápida, o que é benéfico para a homeostase do sistema
energossomático. Por
analogia, do mesmo modo que não
existem duas impressões digitais iguais, o energossoma é constituído de um
padrão vibratório característico para cada pessoa.
A mente
é a base do poder energético. Quanto maior o nível de lucidez, melhor a energia
consciencial. A energia da pessoa que não pensa apenas em si é de qualidade
superior quando comparada a da pessoa egoísta.
Nas
consciências muito evoluídas, uma quantidade maior de energia é processada
pelos chacras, de modo que o indivíduo revela um extraordinário desenvolvimento
de seus potenciais.
Drenagem energética é o escoamento de energia vital
contra a vontade do sujeito. Os sintomas variam, mas a maioria das pessoas
sente sono ou cansaço e irritação. Às vezes, o indivíduo pode se sentir melhor
depois da drenagem. Isso significa que havia acúmulo de energia, de tal modo
que essa perda eliminou bloqueios e uma eventual estagnação, normalizando assim
o fluxo no energossoma.
Depois
de especializada no energossoma e difundida pelo organismo, a energia excedente
é exteriorizada naturalmente através do corpo denso. Além do referido trânsito
pelos órgãos internos, a energia também é modulada pelos pensamentos e emoções.
Por isso, ditas irradiações ficam carregadas com a característica própria de
cada indivíduo, como se fosse uma assinatura energética.
Através
da energosfera, o ser humano é um polo irradiador de energias positivas ou
negativas. As ondas benignas, derivadas
de estados elevados de consciência, tais como o amor e a alegria, são
positivas. Ao contrário, vibrações nocivas, como as de ódio e inveja, são
negativas. Essa corrente de ondas mentais exterioriza-se de cada pessoa tanto
mais forte, quanto maior for a concentração e o tempo de persistência do
pensamento.
Da mesma
forma que exteriorizamos energia, carreando pensamentos e sentimentos, também
captamos vibrações. A todo momento, emitimos e recebemos ondas, apesar de não
termos plena consciência disso. Em razão disso, podemos ser influenciados
inconscientemente pelas energias dos outros. Essas ondas de emoções, que
flutuam por toda parte, podem influir as pessoas mais sensíveis que se ponham
em contato com elas. Aquelas que estiverem em estado idêntico de vibração têm a
possibilidade de serem afetadas imediatamente.
Na
prática, é impossível vivermos a existência física sem recebermos correntes de
energias antagônicas de outras pessoas. Até certo ponto, o nosso campo áurico forma
uma barreira natural de proteção que impede a intrusão de energias sutis.
Quando alguém é atingido por vibrações negativas, e estas conseguem ultrapassar
o campo eletromagnético, o primeiro biovórtice a sentir e absorver tal emissão
deletéria é o umbilicochacra, seguido do esplenicochacra. O fígado e o baço são os órgãos impactados.
A
seguir, vamos descrever uma técnica para o fortalecimento do umbilicochacra,
baseada na experiência de muitos mestres orientais, ao longo dos séculos. Antes
de dormir, ponha a mão esquerda sobre a direita e faça, ao redor do umbigo, nove
círculos no sentido anti-horário, para limpar, e depois nove círculos no
sentido horário, para recarregar. Não há necessidade de se tocar o abdômen; os
círculos podem ser feitos inclusive mentalmente. Você pode realizar essa
manobra em pé, sentado ou deitado.
Cada
pessoa possui um padrão energético condizente com aquilo que pensa e sente. Em
função das energias conscienciais irradiantes, o indivíduo tem afinidade com
outros de faixa vibratória semelhante. Portanto, corremos um duplo perigo ao
irradiarmos energias negativas. Primeiro, porque abrimo-nos às más influências;
depois porque exteriorizamos o mal que afetará outros, talvez muitos anos
depois.
A
energia negativa do indivíduo é capaz de fazer, espontaneamente, uma planta
murchar ou ficar com manchas escuras. Compete tão somente a nós, decidir se
queremos emitir energia negativa ou positiva. Importa saber que a
exteriorização de ondas negativas impede o crescimento pessoal.
De modo
geral, energias positivas são atratoras de gente, ao passo que energias
negativas são repelentes. O que se designa por carisma, nada mais é do que a
emanação das energias conscienciais positivas. Por isso, indivíduos não tão
belos fisicamente, encantam e influenciam os outros, que se reúnem a sua volta,
devido à qualidade de sua aura. Essas pessoas parecem ter um brilho especial,
de tal sorte que aparentam ser mais jovens e bonitos.
Na vida
diária, ocorrem inúmeras situações que podem
induzir a pequenos desequilíbrios energéticos, por exemplo, preocupações,
ansiedade e emoções fortes. O indivíduo que assimila as energias alheias, sem saber como
se livrar da influência nociva dessas ondas, pouco a pouco se intoxica
energeticamente.
A
intoxicação energética começa por irritação e pode evoluir para uma úlcera
gástrica, obesidade, tabagismo, depressão, estafa e outros distúrbios
patológicos. A assimilação energética inconsciente, em sintonia com o campo
magnético do indivíduo, ocorre independentemente da distância e do tempo.
As
energias exteriorizadas pela pessoa podem ficar gravitando dentro do ambiente durante
muitos anos. Por esse motivo, certos lugares, imantados com forte carga
energética negativa, são causadores de mal-estar, avarias ou de acidentes. A energia consciencial não tem limitação nem de tempo nem
de espaço.
Conforme
vamos envelhecendo, a vitalidade vai diminuindo até a completa degeneração do holochacra.
Após o falecimento do organismo biológico, que é a primeira morte, o rompimento
da conexão entre o energossoma e o corpo físico constitui a segunda morte. Não tendo mais serventia ou qualquer utilidade a
cumprir, o holochacra é descartado e vai se decompondo, lentamente, próximo ao
corpo humano. Os supostos relatos de aparições de fantasmas, sob uma forma
vaporosa e esbranquiçada, nada mais são do que o energossoma em estado
incompleto de dissolução.